segunda-feira, 29 de março de 2010

Crazy Heart: nunca é tarde para amar

O filme bastante conhecido este ano, pelo Óscar de melhor actor para Jeff Bridges, trata-se de um relato do final de vida de um cantor country.


Infelizmente, não fiquei muito surpreendia com o filme. É o típico filme de um cantor country que, durante toda a sua vida, teve várias mulheres e viveu no mundo da droga e acabava todas as suas noites com o álcool a fazer-lhe companhia. O argumento é muito semelhante ao do livro "Memórias das Minhas Putas Tristes" de Gabriel Garcia Márquez. Ambos os personagens principais são estereotipados como homens vividos e dados aos vícios da vida. Nunca amaram ninguém verdadeiramente e, no final da sua vida encontram o verdadeiro amor.
Aos seus noventa nos, o jornalista criado por Gabriel Garcia Márquez apaixona-se por uma prostituta. Bad Blake, o cantor country, apaixona-se por uma jornalista que, por um mero acaso consegue uma entrevista com o famoso cantor. A paixão entre os dois foi momentânea e, poucos meses depois, já estavam a viver juntos.
Porém, actualmente o mito das histórias cor-de-rosa e do "felizes para sempre" não existe, portanto o filme não poderia acabar com uma cena romântica entre os dois. Bad Blake não consegue deixar a bebida e, por causa deste vício acaba por perder o filho da sua amada jornalista e estes separam-se. Apesar do cantor ter mudado desde essa altura, a jornalista não consegue continuar com o cantor e acaba por se casar com outra pessoa. O cantor compreende que o melhor para a sua amada é esta seguir em frente com a sua vida e proporcionar um bom futuro à sua família.
É de ressalvar a performance do actor Jeff Bridges. Só conheço um filme em que o actor integrou o elenco, mas a força e a paixão que o actor coloca em cada movimento, expressão e palavra são notáveis. Um Óscar muito bem merecido! É bom reconhecer que a representação é um meio que tem vindo a evoluir imenso e não se baseia no humor estúpido e nas figuras parvas que alguns actores fazem só para parecer engraçado.
O verdadeiro filme não é aquele que deixa os espectadores com um sorriso na cara, mas aquele que os leva a reflectir, imaginar e criar.

Mariana Catarino

2 comentários:

  1. Ainda não vi, confesso que estou com vontade. Por enquanto, recomendo vivamente a banda sonora.

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  2. A banda sonora é mesmo qualquer coisa x)

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