domingo, 28 de março de 2010

Antevisão: Away we go


Terminada mais uma temporada de prémios, é normal nesta altura haver um decréscimo a nível de estreias cinematográficas tanto em quantidade como em qualidade. Depois da grande festa vem a época da ressaca. A sede de mais é muita contudo, nada parece satisfazê-la em pleno. Cannes, embora mais próxima, parece ainda tardar. Lá fora, chega a altura de se preparar o terreno para a chegada de novos projectos. Em Portugal, alguns "restos" do que se fez em 2009 ainda estão por estrear. O que nem sempre acontece, já basta o que fizeram com 500 days of Summer. Mas não falemos de coisas tristes. Pelo contrário. Assim, é com um certo entusiasmo que verifico que Away we go, em português Um lugar para viver (não confundir com a minissérie da RTP), não só não voou directamente para DVD como tem chegada agendada para esta semana. Finalmente, tendo em conta os sucessivos adiamentos de que foi alvo no final do ano passado.


Away we go marca uma série de estreias. Em primeiro lugar, por ser a primeira comédia dirigida por Sam Mendes que depois do intenso Revolutionary Road, decidiu mostrar o que vale no cinema indie. Para além disso, o argumento está a cargo de dois iniciantes na matéria, Dave Eggers e Vendela Vida. Nos principais papéis estão dois actores pouco conhecidos do público, John Krasinski e Maya Rudolph, que apesar do talento já mostrado em trabalhos como The Office e Saturday Night Live respectivamente, ainda não gozam da atenção merecida.
O filme, bem ao estilo road movie, conta a viagem de Burt (John Krasinski) e Verona (Maya Rudolph), um jovem casal à espera do primeiro filho, que atravessa os Estados Unidos em busca de um novo lugar e de uma nova oportunidade para dar início à sua vida familiar.


A isto, junta-se uma banda sonora intimista, alguns secundários habitués do género, o típico plano de perfil na passadeira de um aeroporto e estamos na presença de um filme capaz de nos transportar da comédia para o drama num simples estalar de dedos. Daqueles filmes que carregam consigo toda uma filosofia e experiência de vida sem de facto o querer, uma espécie de leveza fingida. A ver vamos se Sam Mendes mostra sensibilidade para a coisa. Por enquanto, aqui fica o belíssimo poster e o trailer promocional.





Inês Antunes


2 comentários: