Irreverentes, inovadores, roqueiros e populares, Diabo na Cruz é o primeiro nome confirmado para a 19ª edição das Noites Ritual. Quem quiser afinar a voz para o concerto de 27 de Agosto, pode começar pelo single "Dona Ligeirinha".
Marília Freitas
Marília Freitas
Daniela Teixeira
A 82.ª edição dos Óscares trouxe algumas surpresas.
"Estado de Guerra" foi o grande vencedor da noite. O filme de Kathryn Bigelow foi premiado nas categorias de Melhor Realização, Melhor Filme, Edição, Mistura de Som, Montagem e Argumento Original.
Kathryn Bigelow tornou-se desta forma na primeira mulher a ganhar o troféu para Melhor Realização. Por coincidência, ou talvez não, isto acontece numa altura em que se comemora o Dia Internacional da Mulher.
Das nove nomeações que tinha, "Avatar" acabou por ganhar apenas nas categorias de Efeitos Visuais, Cinematografia e Direcção Artística.
Sandra Bullock, com "Um sonho possível", e Jeff Bridges, com "Crazy Heart", foram eleitos os melhores actores.
Nos melhores actores secundários, Mo'Nique, de "Precious", e Christoph Waltz, de "Sacanas Sem Lei", foram os premiados.
"Up - Altamente" ganhou o prémio de Melhor Filme de Animação e de Melhor Banda Sonora.
A Academia escolheu para melhor filme estrangeiro "O segredo dos seus olhos", de Juan José Campanella.
Um título que contenha a palavra “memórias” despoleta no seu leitor uma ânsia de descoberta do passado. Gabriel García Márquez, como já era de esperar, não segue a regra e distorce um pouco o conceito de “memórias”.
O autor não começa a contar a sua vida desde criança ou adolescente, este centra-se no seu nonagésimo aniversário. Um velho e solitário jornalista que durante toda a sua vida fez questão de pagar por sexo, descobre aos 90 anos que é capaz de amar.
Num mar de metáforas e recursos estilísticos, Gabriel García Marquez demonstra que o verdadeiro amor não é carnal e não existe idade para amar. Um grande romance, de escrita inconfundível em que o autor colombiano é capaz de combinar dois aspectos aparentemente antagónicos: a velhice e o amor verdadeiro.
Prémio Nóbel da Literatura em 1982, esta obra revela-se intemporal, retratando a vida daqueles que têm medo de amar e nunca conheceram o amor simples e genuíno. Um relato mais real, que fictício que vale a pena ser lido por todos.
Numa sociedade em que muitos dos cidadãos são solitários, Gabriel García Márquez demonstra que nunca é tarde para viver uma vida a dois. A idade não é um estatuto, nem um doença, são vivências. O amor é intemporal. Não existe nada que impeça a existência de um brilho apaixonado nos olhos de um adolescente, ou de um idoso de 100 anos.
Nunca é tarde para começar.
Mariana Catarino in JUP